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A sina, o caminho, ou simplesmente uma história. Um caminho igual a tantos outros, ou, uma história de vida, semelhante a tantas outras vidas. Uma história vivida, ou apenas fruto da minha imaginação.


13
Jun19

46

E estava ali mais que provado a existência de algo tão especial e maravilhoso, não se podia pedir mais nenhum sinal...
O amor respondeu a Maria, quer do céu, quer dentro de si.
Maria, na sua caminhada encontrara vários refúgios.
Ora no desporto, quer através do running, ou no jogging, ou por e simplesmente numa manhã ou tarde bem passadas no ginásio, brincando de luvas calçadas.
Num, com objetivos bem traçados, como quem quer melhorar as suas marcas e fazer mais provas, como quem se coloca a si mesmo constantemente à prova saboreando ou roçando os limites do seu corpo. E em cada uma das provas, Maria tentava sempre um bocadinho mais… E mais.. E mais… Alcançava mais uns quilómetros do seu percurso até casa… O prazer de conseguir sempre mais um passo que fosse, era motivo para festejar vitória! Desde os dez quilómetros à maratona, Maria treinava com um método definido, cumprindo um plano de treino específico para atingir os resultados que estipulara inicialmente. Encontrar o seu caminho de casa… E isso fazia-a sentir-se muitíssimo feliz! Realizada, sorridente… De bem com a vida!
Depois, Maria passou ao jogging, a algo mais rotineiro e menos exigente. Consistia em correr num ritmo menos acelerado, sem pensar em tempos ou distâncias por questão de stress ou até de saúde. Era um dos escapes preferidos de Maria. Em cada passo, Maria melhorava e ajustava o corpo a um ritmo muito seu, muito subjectivo, e muito confortável. E era nesse ritmo que Maria afogava todos os seus problemas e onde pescava todas as soluções, repescando e saboreando a doçura de um sorriso novo e completamente recuperado! Recuperado em cada gota de suor libertado pelo seu corpo. Maria renovava-se assim… E sentia-se tão feliz…
No fundo, o único recorde que queria atingir era o de se sentir o mais leve possível… Não no peso do corpo, que já era suficientemente magro. Mas da sua mente…E isso passava muito por desfrutar da vista e de toda a envolvente. Por isso Maria adorava ir correr à praia, ou no meio do campo, onde o cheiro, as cores, a luz, resumidamente a paisagem eram os elementos fundamentais! Eram a sobremesa nesta sua deliciosa refeição!
No entanto, no seu novo estado de graça, e uma vez que as coisas tinham corrido mal da ultima vez, Maria estava impedida de praticar qualquer tipo de desporto. Tinha como carta de recomendação descanso absoluto, pelo que o estado dos seus nervos, o seu nível de stress andava acima do vermelho!
E depois de uma noticia daquelas… Como havia Maria de digerir tal ?
Maria lembrou-se de outro escape que entretanto arranjou. E talvez fosse por aí o outro caminho…
A escrita!
Maria trocou as lágrimas de suor vertidas nas corridas do jogging ou do running, pelas lágrimas de letras! E começou assim a esvaziar o coração, construindo e descobrindo caminhos e percursos através da escrita que vertia nos seus blogs.
Escrevia para se compreender, ou para perceber o mundo que a rodeava. Escrevia por rebeldia! Escrevia para praticar o humor nas feridas que sentia tocarem-lhe a vida a quem chamava corpo.
Maria escrevia, libertando alegrias e magoas, encontrando assim espaço no seu coração para sorrir cada vez mais!
Para libertar o sorriso que por vezes se prendia naquelas malfadadas magoas…
Por vezes sentia que escrevia para não enlouquecer, no meio de tanta loucura, que se transformava a sua vida!
Maria resolve então sentar-se à secretaria, ligar o computador, abrir a pagina do blog e começou a escrever:
 
Hoje acordei a pensar nas mudanças, em tudo o que perdi ultimamente e em tudo o que ganhei.... E não consigo desistir!
Aprendi! Que não posso desistir!
Na vida nem tudo o que nos cai é assim tão mau.... Nem tudo o que se perde é mau. Mas eu sinto que não te perdi. Que não te vou perder!
Deus tira, Deus arranja espaço .... Só temos de o ver. De o sentir. De o deixar entrar.... De lhe abrir a porta.
Aprendi a aceitar e a usar da melhor maneira, ou seja sempre com um sorriso. Mas a não desistir NUNCA! E a deixar sair o sorriso, ainda que seja molhado, porque descobri, que é ele que me dá força!
Mesmo quando ele teima em se esconder, mesmo quando os ténis já não resolvem tudo mesmo quando o suor, não me lava a alma, abrir os lábios e deixar entrar o sorriso, por vezes é a solução.
Resumo, nem tudo é mau! Nem tudo pode ser mau... Sinto-o... Não sei explicar, mas sinto que devo confiar, e ter fé! Não vou desistir de ti meu bebé. Não vou desistir! A mãe promete-te! Ela tem de estar errada! Não faz sentido! Alguma coisa não está bem! E a mãe vai descobrir o que é, prometo-te ! Não vou deixar que te matem, nem a ti, nem ao meu sonho, e à minha fé! Já te amo, desde o momento que soube que existias dentro de mim. Não vou desistir de ti, meu amor. Não vou!
CLR
 

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publicado às 23:34



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